quinta-feira, 1 de abril de 2010

Soneto de Solidão

Transitanto entre mundos
descubro o que sempre havia
sonhos são apenas velharia
de um armário sem serventia

Assim descubro que o fim é próximo
Ele é, não está, pois é certo que vem
No espelho sujo, olho um retrato desfocado
talvez minha imagem, de um ser amargurado

Vícios de solidão que se pregam a carne
carne que vicia em ser solitária
transitam sentimentos em minha onda imaginária

Em um mundo apenas, paro e permaneço
já se foram sonhos, caminhos, destinos
já não vejo um recomeço.

Renato Dering.

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